O ministro Luis Roberto Barroso a estudantes da UnB: “Eu acho que quem acha que [o impeachment] é golpe tem fundamentos razoáveis para dizer que não há uma caracterização evidente de crime político e, na verdade, está-se exercendo um poder do ponto de vista de quem foi derrotado nas eleições. Esse é um discurso plausível”.
Barroso disse ainda que não compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) tomar um posicionamento sobre o assunto. “Não é papel do Supremo jogar o jogo político quando ele chega nesse estágio. Essa deixa de ser uma questão de certo ou errado e passa a ser uma questão de escolhas políticas. Não é papel do Supremo fazer escolhas políticas”, ressaltou.
Jogar o jogo político, ministro, é também assistir a um golpe, pois “não há uma caracterização evidente de crime político”, e escolher não intervir. Ainda mais o Supremo, que deveria ser o guardião da ordem democrática e da Constituição.
A omissão acovardada é uma das piores posições políticas. Mas tem uma mais lamentável: a omissão vendida, aquela em que se recebe 30 dinheiros para ficar calado. Judas os recebeu para falar. Poncio Pilatos lavou as mãos e não consta que tenha recebido por isso.
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta (17) que a prisão de condenados deve ocorrer depois que a sentença for confirmada em um julgamento de segunda instância, ou seja, antes de se esgotarem todos os recursos possíveis da defesa.